H
P V
Vírus do
Papiloma Humano
HPV - Vírus do Papiloma Humano
O Homem é frequentemente atacado pelo HPV, sendo este vírus responsável por vários tipos de lesões, entre as quais o chamado papiloma.
Vários tipos de vírus HPV existem e que originam diferentes patologias, podendo uns infectar a área anogenital enquanto outros tipos causam patologias nos pés ou mãos, sendo os causadores das verrugas ou "cravos".
Os vírus
HPV que atacam a região anogenital, são transmitidos durante o sexo
vaginal, anal ou oral ou por contacto íntimo, pele a pele, mesmo sem
a prática de acto sexual.
Em praticamente todas as situações de cancro do colo uterino ( 99.7% das situações ) o agente causador é o HPV, podendo também ser associado a cancro da vulva, pénis, ânus e outros locais. Cerca de 70% dos cancros do colo uterino são devidos aos tipos 16 e 18 do HPV.
Pelo menos uma vez na vida, cerca de 75% das mulheres e homens sexualmente activos são infectados pelo HPV. O sistema imunitário adequado é capaz de reduzir a infecção no organismo ainda que não haja cura para a infecção pelo HPV.
Introdução ao HPV
O HPV não afecta a capacidade, de engravidar, da mulher. A transmissão vertical do HPV pode ocorrer ainda que seja uma situação muito rara, introduzindo-se o HPV na orofaringe do recém-nascido na altura do parto.
HPV - tratamento: a melhor cura de HPV de 2014
A
caracterização genética do HPV pode ser feita pelo HPV-DNA.
A via sexual é a principal via de transmissão do HPV não precisando a pessoa contagiante de estar sintomática para infectar a outra.
HPV, uma doença sexualmente transmissível
No homem, o HPV é mais comum na glande peniana e na região anal. Já na mulher, a vagina, vulva, ânus e colo do útero são os locais mais frequentemente infectados. Podem ainda ser encontradas lesões secundárias a HPV na boca e orofaringe.
Vacinas bivalente e quadrivalentes contra o HPV estão disponíveis mas o real impacto desta vacinação na prevenção do cancro cervical só poderá ser conhecido após décadas de uso desta vacina, o que ainda está longe de acontecer visto a vacina ter sido introduzida na prática clínica apenas em 2007.
Vacina contra o HPV
A vacina
quadrivalente previne contra 4 tipos de HPV, estando o HPV-16 e HPV-18 presentes em 70% dos casos de cancro cervical, e
o HPV-6 e HPV-11 presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. A
vacina bivalente é específica do HPV-16 e HPV-18.
Anticorpos específicos dos vírus HPV são produzidos pela vacinação, sendo a protecção dependente da quantidade de anticorpos que tenham sido produzidos, presença desses anticorpos no local da infecção e sua persistência por um período de tempo longo.
O amor em tempo de HPV
A protecção efectuada pela vacinação contra o HPV apenas é eficaz se for feita antes da infecção pelo vírus e, mesmo assim, nem todos os tipos de HPV são abrangidos pela protecção da vacina.
Reacção adversa à vacina contra HPV
Utiliza-se a vacina
quadrivalente ( HPV-6, HPV-11, HPV-16 e HPV-18 ) em homens e mulheres com idades entre os 9 e 26 anos, enquanto a vacina bivalente (
HPV-16 e HPV-18 ) está indicada apenas para mulheres entre os 10 e 25
anos de idade. A eficácia da vacina em mulheres com idade superior a 26 anos já foi comprovada.
A vacinação tem indicação para ser feita antes do início da vida sexual
activa, sendo recomendada, em vários países, o intervalo etário dos 9 aos
13 anos.
A vacinação apresenta-se de duvidosa eficácia após o início da vida sexual activa e como tal há que ter em consideração que 25% das mulheres se apresentam infectadas pelo HPV após o primeiro ano de vida sexual activa atingindo o valor de 70% de infecções ao fim de 3 anos de vida sexual activa
No homem a vacinação é indicada como forma de prevenir o condiloma genital e lesões pré-cancerosas do pénis e ânus.
Depoimento de vítima da vacina do HPV
Os vírus
HPV de alto risco, isto é, os que possuem maior probabilidade de
causar lesões persistentes e associarem-se a lesões pré-malignas,
são os tipos HPV-16 e HPV-18, que são os mais prevalentes, e os
mais agressivos que são os tipos HPV-31, HPV-33, HPV-35, HPV-39,
HPV-45, HPV-51, HPV-52, HPV-56, HPV-59 e HPV-68. Os vírus HPV-6 e
HPV-11 parecem não oferecer risco de progressão para lesão
maligna.
A presença do HPV no colo do útero pode verificar-se por anos sem, no entanto, ser causador de qualquer doença, podendo mais tarde vir a provocar lesões pré-malignas que podem originar cancro.
Mais de 200 tipos de vírus HPV são conhecidos, sendo mais de 100 os tipos de alto risco, oncogénicos, que podem originar cancro do colo do útero, ou outro tipo de cancro, apresentando os restantes tipos de HPV um risco baixo e originando outras manifestações como verrugas ( condiloma acuminado ).
O HPV é uma doença que pode ser sexualmente transmitida, sendo mesmo esta a via de contágio mais frequente, e o preservativo não se mostra eficaz na prevenção a 100%. O HPV é um vírus muito resistente, capaz de resistir no meio ambiente, possibilitando, ainda que não de forma frequente, o contágio ser feito por roupas íntimas, toalhas ou até mesmo a sanita. Quando há envolvimento de sangue o risco aumenta, como acontece nos casos de partilha das mesmas lâminas ou de fazer depilação com objectos cortantes.
HPV no Homem
Lesões causadas por HPV podem afectar tanto homens como mulheres, dependendo da imunidade individual. Estas lesões são, no entanto, mais frequentes nas mulheres e o tempo para surgirem essas lesões pode ir de dias ou anos ou até mesmo nunca aparecerem.
O HPV na
mulher, além do cancro do colo do útero, pode associar-se a doenças
venéreas como sífilis, clamídia ou gonorreia.
Os queratinócitos da pele ou mucosas são as células infectadas pelo HPV e são conhecidos mais de 200 tipos de vírus, sendo na maioria relacionados com lesões benignas, podendo no entanto alguns tipos originar lesões malignas como o cancro cervical que tem, em mais de 90% dos casos, o HPV como agente causal.
Esta doença é a doença sexualmente transmissível mais frequente e a via principal de transmissão é a sanguínea. De 75 a 100% das mulheres estão infectadas e a doença desenvolve-se em 20% das mulheres. O HPV também ataca os homens e estima-se que 50% dos homens esteja infectado por HPV.
HPV, doença sexualmente transmissível, pode causar verrugas genitais
A verruga é a lesão mais frequente causada pelo HPV, sendo causadas pelos tipos HPV-1 e HPV-2 que são transmitidos pelo contacto acidental com zonas infectadas. Relaciona-se geralmente com indivíduos mais jovens e não apresenta risco de malignização.
Condiloma
acuminado é também uma lesão provocada pelo HPV, sendo que mais de 30
tipos podem causá-lo, embora os tipos HPV-6 e HPV-11
sejam os mais frequentemente responsabilizados ( mais de 90% das situações ) podendo causar verrugas vulvares, penianas ou anais. São mais frequentes
em mulheres, em adultos e sexualmente activos.
Papilomatose
respiratória é uma manifestação rara da infecção por HPV, originada pela formação
de verrugas nas vias respiratórias que podem causar obstrução da passagem do ar,
obrigando à sua excisão cirúrgica.
Cancro
é a lesão mais grave secundária à infecção por HPV, e
vários tipos o podem causar, sendo os mais frequentes os tipos
HPV-16, HPV-18, HPV-31 e HPV-45. Cancro do colo uterino, ânus, vulva, pénis, cabeça e pescoço são os cancros que a infecção por estes tipos referidos de HPV pode causar, sendo o cancro cervical o mais frequente e em 95% ou mais dos casos de cancro do colo uterino o agente causal é o HPV.
HPV - Colposcopia e biópsia
Detecção do DNA viral em fragmentos de biópsia ou escovado cervical pode ser efectuado por técnicas de biologia molecular, tendo alta especificidade e sensibilidade. As técnicas de biologia molecular são mesmo as únicas técnicas capazes de efectuarem o diagnóstico do HPV de forma inequívoca, embora sob o ponto de vista clínico a caracterização das alterações morfológicas tenha mais importância dado que o simples facto de estarmos na presença de HPV sem alterações morfológicas não é motivo de preocupação uma vez que a infecção a HPV é geralmente transitória e de resolução espontânea.
O genoma do HPV apresenta vários genes que se expressam na fase inicial ( early genes ). Os genes E6 e E7 são oncogenes com a capacidade de induzir transformação maligna das células infectadas. Os genes E6 e E7 têm a capacidade de codificar oncoproteínas cujo alvo são as proteínas Rb e p53, respectivamente, proteínas codificadas por genes supressores tumorais.
A divisão celular é impedida pelo gene Rb através do bloqueio do factor de transcripção E2F. A p53, por aumentar a expressão de p21 além de desencadear a apoptose em casos de danos extensos de DNA, tem o mesmo efeito.
Basicamente, E6 e E7 inibem a apoptose e induzem a divisão celular.
Os genes do
HPV apresentam as seguintes funções principais:
- E1 e E2 controlam a replicação e transcripção do DNA
- E4 altera a matriz intracelular
- E5 estimula a proliferação
- E6 e E7 têm acção na transformação celular
Saiba dos perigos do vírus do HPV
O HPV, que infecta as células da camada basal do epitélio estratificado, insere o DNA de origem viral no núcleo celular de forma a ser copiado aquando da replicação celular. Nesta fase os "early genes" são expressos. Quando ocorre a migração das células, de modo a que ficam longe da membrana basal, a diferenciação é maior e isto é o sinal para os "late genes" codificarem as proteínas L1 e L2, que são as responsáveis pela sínteses da cápside proteica para a formação de novos vírus.
HPV - doença, tratamento e prevenção
Prevenção de apoptose e indução de divisão celular são os principais mecanismos no desenvolvimento dos processos neoplásicos. A infecção do HPV no colo uterino, assim como noutras localizações do organismo humano, evolui de modo paralelo a uma alteração crescente da morfologia celular ( displasia ) epitelial com invasão localizada e metastização à distância.
A cápside
proteica do vírus HPV permite este resistir durante
períodos prolongados em diferentes ambientes.
Doentes
imuno-incompetentes apresentam um risco maior de lesões por HPV malignizarem, comparativamente com os doentes com sistema
imunitário normal, visto terem menor capacidade de
resposta contra o HPV, bem como menor capacidade de detecção
e destruição das células infectadas.
Infecção pelo HPV - quando e como tratar
Para além da infecção por HPV, também factores ligados à imunidade, à genética e ao comportamento sexual têm influência sobre os mecanismos envolvidos na progressão ou regressão da infecção por HPV. Tabagismo, início precoce da vida sexual e gestações em idade jovem, elevado número de gravidezes, alto número de parceiros sexuais, uso de imunossupresores ou de pílula são, todos eles, factores de risco para o desenvolvimento do cancro cervical. Verifica-se que há regressão espontânea da infecção por HPV na maioria das mulheres com menos de 30 anos enquanto que a persistência é mais frequente nas mulheres com mais de 30 anos de idade.
A infecção
por HPV pode não induzir imunidade natural pelo que um mesmo doente
pode ter várias vezes infecções pelo mesmo HPV, bem como por tipos
diferentes de HPV.
Das pessoas infectadas com o HPV apenas 5% apresentam sintomatologia. A infecção pode pois ser clínica ou sub-clínica. A imunidade natural pode não ser induzida por uma infecção por HPV pelo que um mesmo doente pode ser acometido várias vezes de infecções pelo mesmo HPV, bem como por tipos diferentes de HPV.
Das pessoas infectadas com o HPV apenas 5% apresentam sintomatologia. A infecção pode pois ser clínica ou sub-clínica. A imunidade natural pode não ser induzida por uma infecção por HPV pelo que um mesmo doente pode ser acometido várias vezes de infecções pelo mesmo HPV, bem como por tipos diferentes de HPV.
Falar sobre o vírus do HPV
Não é obrigatório que o facto de manter relações sexuais com um parceiro infectado cause a transmissão ao parceiro saudável do HPV.