quarta-feira, outubro 15, 2014

Normas laboratoriais no estudo do vírus de Ébola

Normas laboratoriais no estudo do vírus de Ébola



O vírus de Ébola, durante muito tempo apenas foi encontrado na África Central e Oriental. No final de 2013, princípio de 2014, começou a ser detectado o aparecimento de doentes afectados pelo vírus do Ébola, na África Ocidental. Ébola espalhou-se rapidamente pela Serra Leoa, Libéria, Nigéria e Guiné Conacri.



Tornou-se, assim, importante estabelecer regras para o manuseamento das amostras para os testes laboratoriais em doentes potencialmente infectados com o vírus de Ébola.
Nesta medida, durante a colheita de amostras para análise, deve o pessoal interveniente usar equipamento de protecção composto por máscara facial que cubra nariz e boca, óculos de protecção, luvas e roupas impermeáveis e resistentes a fluídos e material anti-refluxode classe II de biossegurança certificado, bem como manter o material usado em recipientes com segurança.



O teste para o vírus do Ébola não é um teste simples. É um ensaio em tempo real chamado RT-PCR ( reverse transcription polymerase chain reaction ). Embora os resultados sejam rapidamente obtidos, podem encontrar-se contaminações e falsos positivos.

Os exames analíticos são um elemento crucial na luta contra a epidemia do vírus do Ébola na áfrica Ocidental, com a finalidade de proteger as pessoas tanto em África como no resto do mundo.



O vírus do Ébola detecta-se no sangue apenas depois do início dos sintomas, habitualmente febre. Pode levar até 3 dias, após a sintomatologia se iniciar, para ser detectável no sangue o vírus do Ébola.


O teste para despiste do vírus do Ébola deve ser feito quando o doente com sintomatologia se dirige aos serviços de saúde, no entanto se o início dos sintomas foi há mais de 3 dias, uma amostra tardia pode ser necessária para excluir estarmos em presença de um caso desta patologia, se a primeira amostra se revelou negativa.



A colheita de sangue total, mínimo de 4 cc, para EDTA é a amostra preferencial para o estudo do vírus de Ébola. As amostras devem ser conservadas a 2-8 graus centígrados ou serem congeladas. As amostras não devem ser colhidas para tubos de vidro nem deve ser utilizada a heparina como anticoagulante.
Outros produtos, que não sangue, devem seguir as normas estabelecidas pelo laboratório onde se irá proceder a execução da análise.


Vários testes diagnósticos são disponíveis para a detecção do vírus de Ébola. Infecções agudas sâo confirmadas pelo RT-PCR. Também se pode fazer o isolamento do vírus. Testes serológicos para IgG e IgM podem ser feitos para certos espécimes e para monitorizar a resposta imunológica nos casos confirmados como positivos.



Deve fazer-se o diagnóstico diferencial com a febre de Lassa, também endémica nas zonas afectadas pelo vírus de Ébola, que pode apresentar sintomatologia semelhante.



O transporte das amostras deve ser feito dentro de um contentor durável, à prova de extravasamento.

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