Teste
sanguíneo no despiste do cancro colorrectal
Teste
sanguíneo utilizado como rastreio do cancro colorrectal é um
processo com muito interesse, mas os resultados deste teste de sangue
são menos sensíveis do que os obtidos pela colonoscopia ou mesmo
outras abordagens utilizadas em screening neste tipo de neoplasia.
Epi
proColon é o nome comercial de um teste sanguíneo aprovado
recentemente pela FDA ( Abril 2016 ), mas já em uso na Europa desde
2012, e até agora o único teste deste tipo aprovado. É um teste
molecular que detecta a septina 9 do DNA metilado no plasma,
verificando-se estar aumentado no cancro colorrectal. É um
biomarcador diferencial para a detecção do cancro, tanto rectal
como colónico.
A
detecção de septina 9 do DNA metilado apresenta como principal
vantagem o ser um teste rápido, simples de realizar e não invasivo.
Este
exame ainda suscita muita controvérsia na comunidade médica e ainda
não é unânime o ser uma alternativa válida como método de
screening aos testes de rastreio usados actualmente. Não foi ainda
demonstrada uma diminuição da mortalidade por neo do cólon com a
utilização deste novo teste da septina 9 do DNA metilado.
O
rastreio do cancro colorrectal tem proporcionado uma redução da
mortalidade provocada pela neoplasia referida. O despiste da septina
9 do DNA metilado não se destina, actualmente, a substituir os
anteriores métodos de rastreio de cancro colorrectal, mas sim a
ajudar a que as taxas de rastreio na população possam aumentar por
ser permitida mais uma alternativa particularmente útil àqueles
indivíduos relutantes em serem rastreados pelas técnicas antigas.
Este teste da septina 9 da DNA metilado só detecta cancro e o teste
mais eficaz no screening é aquele, ao contrário deste, que seja
capaz de detectar cancro e também pólipos pré-cancerosos.
O
melhor teste de screening deve ter a capacidade de prevenir o
surgimento do cancro e não apenas detectá-lo quando já existe. O
melhor exame de prevenção de cancro colorrectal continua a ser a
colonoscopia, que comprovadamente diminui a incidência de cancro
colorrectal, mas a sua executabilidade na população em geral não é
possível. A colonoscopia pode detectar pólipos e assim prevenir o
cancro e reduzir a sua mortalidade. Verificou-se que 1% de taxa de
detecção de adenoma corresponde a uma diminuição da incidência
de cancro colorrectal de 3% e de 4% de mortalidade dada a
possibilidade de ressecção dos pólipos na colonoscopia.
A
sensibilidade do teste da septina 9 do DNA metilado é relativamente
baixa, da ordem dos 50%, para detecção de cancro colorrectal.
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