sábado, setembro 24, 2016

Teste sanguíneo no despiste do cancro colorrectal

Teste sanguíneo no despiste do cancro colorrectal

Teste sanguíneo utilizado como rastreio do cancro colorrectal é um processo com muito interesse, mas os resultados deste teste de sangue são menos sensíveis do que os obtidos pela colonoscopia ou mesmo outras abordagens utilizadas em screening neste tipo de neoplasia.
Epi proColon  é  o  nome comercial de um teste sanguíneo aprovado recentemente pela FDA ( Abril 2016 ), mas já em uso na Europa desde 2012, e até agora o único teste deste tipo aprovado. É um teste molecular que detecta a septina 9 do DNA metilado no plasma, verificando-se estar aumentado no cancro colorrectal. É um biomarcador diferencial para a detecção do cancro, tanto rectal como colónico.

A detecção de septina 9 do DNA metilado apresenta como principal vantagem o ser um teste rápido, simples de realizar e não invasivo.
Este exame ainda suscita muita controvérsia na comunidade médica e ainda não é unânime o ser uma alternativa válida como método de screening aos testes de rastreio usados actualmente. Não foi ainda demonstrada uma diminuição da mortalidade por neo do cólon com a utilização deste novo teste da septina 9 do DNA metilado.
O rastreio do cancro colorrectal tem proporcionado uma redução da mortalidade provocada pela neoplasia referida. O despiste da septina 9 do DNA metilado não se destina, actualmente, a substituir os anteriores métodos de rastreio de cancro colorrectal, mas sim a ajudar a que as taxas de rastreio na população possam aumentar por ser permitida mais uma alternativa particularmente útil àqueles indivíduos relutantes em serem rastreados pelas técnicas antigas. Este teste da septina 9 da DNA metilado só detecta cancro e o teste mais eficaz no screening é aquele, ao contrário deste, que seja capaz de detectar cancro e também pólipos pré-cancerosos.
O melhor teste de screening deve ter a capacidade de prevenir o surgimento do cancro e não apenas detectá-lo quando já existe. O melhor exame de prevenção de cancro colorrectal continua a ser a colonoscopia, que comprovadamente diminui a incidência de cancro colorrectal, mas a sua executabilidade na população em geral não é possível. A colonoscopia pode detectar pólipos e assim prevenir o cancro e reduzir a sua mortalidade. Verificou-se que 1% de taxa de detecção de adenoma corresponde a uma diminuição da incidência de cancro colorrectal de 3% e de 4% de mortalidade dada a possibilidade de ressecção dos pólipos na colonoscopia.

A sensibilidade do teste da septina 9 do DNA metilado é relativamente baixa, da ordem dos 50%, para detecção de cancro colorrectal.

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