Microbiota
pode prever o estado mutacional do cancro do cólon
Um método, não invasivo, de screening dos tumores do cólon, é a análise da microbiota envolvente desses tumores colónicos, e tem-se mostrado como uma técnica mais sensível e específica do que o teste do sangue oculto.
Este facto, pode ser de grande importância no cancro do cólon, pois cada tumor pode ter um estado mutacional com vários genes mutados e isto pode causar um diferente efeito na microbiota colónica.
Foi verificado que mutações tumorais específicas se associam à presença de bactérias específicas no intestino, tendo-se também verificado que quantas mais mutações estiverem presentes no tumor, maior é a variedade de espécies bacterianas que constituem a microbiota do cólon.
Verificou-se existir, para alguns genes, uma correlação entre as mutações somáticas e alterações na abundância das bactérias específicas.
Níveis altos de utilização energética, pela microbiota, correlacionam-se fortemente com mutação de perda de função, sugerindo que o tumor e as bactérias existentes na vizinhança do tumor competem pelas mesmas fontes corporais. Para a avaliação desta correlação foi criado um índice de risco. Isto sugere, que os tumores do cólon podem ser classificados geneticamente a partir das amostras fecais, o que, pelo menos teoricamente, pode possibilitar a manipulação do tumor através da manipulação do microambiente que o envolve, e deste modo prevenir, e mesmo tratar, o cancro do cólon. Este facto está, pelo menos em parte, em linha com a hereditabilidade escondida.
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