Tratamento
para C.difficile com material fecal congelado
O uso de transplante de material fecal congelado, como terapêutica biológica, no tratamento de infecção de C. difficile apresentou resultados positivos da ordem dos 90% de sucessos
A incidência da infecção por C. difficile tem vindo a aumentar e apresenta taxas de mortalidade muito consideráveis. O tratamento com transplante de material fecal tem apresentado bons índices de cura da infecção a C. difficile.
Material fecal foi doado por indivíduos saudáveis e sem parentesco com o paciente, sendo conservado, por um período que variou entre os 29 dias e os 156 dias, a uma temperatura de 80 graus centígrados negativos. A administração do inóculo pode ser feita tanto por tubo nasogástrico como por via colonoscópica.
Em cerca de 80% dos doentes com infecção por C. difficile verificou-se uma total resolução da diarreia com uma só administração de transplante de material fecal por via colonoscópica enquanto que em 60% dos casos em que a via de administração usada foi a nasogástrica a cura da diarreia se verificou. 80% dos doentes que necessitaram de retratamento ficaram curados com novo transplante de material fecal.
Recaídas, num período de 8 semanas, não foram observadas e efeitos laterais graves não foram reportados.
Resultados semelhantes foram observados seja o transplante de material fecal administrado por via colonoscópica ou por via nasogástrica, sendo, desta forma, a via nasogástrica a via preferível dado que evita os riscos secundários a sedação, anestesia e limpeza colónica necessária.
Foi observado que não há necessidade de ser utilizado material fecal fresco, podendo este ser congelado com resultados obtidos semelhantes.
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