Utilidade
da PCR em doentes com infecção do tracto respiratório / tosse
aguda
Numa tentativa de racionalizar a antibioterapia nas infecções respiratórias, foi demonstrada a utilidade do doseamento sérico da PCR, mas é ainda controverso o seu uso em cuidados primários de saúde.
Foi evidenciado que em doentes com este tipo de patologia, o doseamento de PCR pode ajudar a diminuir o emprego de antibióticos bem como de exames radiológicos, conservando a recuperação do doente.
Deste modo, o doseamento de PCR sérico contribui para um mais correcto uso de antibióticos e uma diminuição de resistências pelas bactérias.
Cerca de 80-90% dos
antibióticos são prescritos nos cuidados primários para o tratamento de infecções respiratórias baixas ou altas. Dado que habitualmente as infecções respiratórias são auto-limitadas pelo
que a prescripção de antibióticos não é necessária. Há, todavia, que
ter em atenção que não podem ficar sem tratamento adequado pneumonias
capazes de ameaçar a vida do doente.
Diagnóstico diferencial entre infecções respiratórias bacterianas e virais tem implicações terapêuticas mas esta diferenciação feita na base da sintomatologia apresenta sensibilidade e especificidade fracas.
Diagnóstico diferencial entre infecções respiratórias bacterianas e virais tem implicações terapêuticas mas esta diferenciação feita na base da sintomatologia apresenta sensibilidade e especificidade fracas.
A PCR não consegue fazer a diferenciação entre infecção de etiologia bacteriana ou viral mas tem a possibilidade de ajudar na diminuição da incerteza do diagnóstico. A maioria dos doentes têm uma concentração de PCR inferior a 20 mg/l.
Evitando o uso de antibioterapia aos doentes com um PCR inferior a 20 mg/l contribui-se para não se proceder a um uso incorrecto, por desnecessário, de antibioterapia.
Forte associação entre a concentração de PCR e a existência de pneumonia está bem comprovada mas o uso da análise do PCR sérico com o objectivo de uma mais correcta e racional antibioterapia no tratamento de infecções não se conseguiu ainda comprovar. O doseamento da PCR com o objectivo de uma mais correcta antibioterapia nas infecções respiratórias tem sido proposto. Quando se supeita de pneumonia, qualquer que seja o valor da PCR sérica, RX de tórax tem de ser efectuado.
Forte associação entre a concentração de PCR e a existência de pneumonia está bem comprovada mas o uso da análise do PCR sérico com o objectivo de uma mais correcta e racional antibioterapia no tratamento de infecções não se conseguiu ainda comprovar. O doseamento da PCR com o objectivo de uma mais correcta antibioterapia nas infecções respiratórias tem sido proposto. Quando se supeita de pneumonia, qualquer que seja o valor da PCR sérica, RX de tórax tem de ser efectuado.
Uma concentração sérica de PCR inferior a 20 mg/l, num quadro de infecção respiratória, sugere que antibioterapia não é necessária. Já uma concentração de PCR sérica superior a 50 mg/l num mesmo quadro pode indicar a necessidade de antibioterapia, considerando-se a duração da patologia. A antibioterapia deve sempre ser feita numa base individual.
Evidenciou-se que o doseamento de PCR sérico pode reduzir a prescripção de antibioterapia assim como de exames de RX toráxico sem esta redução influenciar negativamente na recuperação dos doentes.
Doentes apresentando febre e dispneia e com uma concentração de PCR sérica entre 20 mg/l e 50 mg/l podem ser com segurança diagnosticados como não tendo uma pneumonia e dessa forma antibioterapia não é aconselhável. Do mesmo modo podem ser excluídos os doentes com um PCR inferior a 10 mg/l de apresentarem um quadro de pneumonia sendo dessa forma excluídos de fazerem antibioterapia..
A PCR tem também utilidade na identificação de doentes com DPCO em exacerbação não necessitando de antibioterapia.
Sem comentários:
Enviar um comentário