Novos
parâmetros hematológicos: IPF e IRF
Novos
parâmetros hematológicos são usados na avaliação de, entre
outras patologias, os síndromes mieloproliferativos ( SMP ).
Estes
parâmetros, IPF e IRF, apresentam-se elevados em doentes com
policitémia vera ( PV ) e mielofibrose idiopática ( MI ).
Observou-se que em doentes com IPF aumentado se verificava existência
de trombocitopenia, os doentes são particularmente do sexo
masculino e o diagnóstico que mais se correlaciona é o de PV. Entre
os doentes com MI verificou-se correlação com aumento de blastos no
sangue periférico, trombocitopenia e JAK2V617F positivo assim como
terapêutica prévia .
Alto
valor de IRF associa-se em doentes com PV ou TE, com baixa
hemoglobina, reticulocitose e diagnóstico de PV; nos doentes com MI
observa-se que um alto IRF se associa a blastos no sangue periférico
e reticulocitose
O
IRF é de importância limitada em anemias secundárias a hemólise,
hemorragias ou mielossupressão pois nestas condições IRF e
contagem reticulocitária evoluem de forma paralela; IRF tem no
entanto importância em casos de anemia secundária a infecções
agudas ou SMD, nas quais contagem reticulocitária é reduzida ou
normal enquanto que IRF está aumentado.
Em
doenças hematológicas clonais de stem cells, IRF e IPF têm
importância. Aumento de IPF associa-se à presença da mutação
JAK2V617F em doentes com PV e TE
Nota:
um alto valor de IRF com hemoglobina elevada aponta mais para PV do
que para policitémia secundária
Estudos
divergem entre a existência de um alto IPF e presença de mutação
JAK2V617F, sendo que uns apontam para essa associação enquanto
outros afastam essa conclusão.
Em
particular, IRF pode suportar o diagnóstico de PV em doentes com
aumento de hemoglobina e IPF pode ter um papel prognóstico
independente em doentes com MI.
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