quarta-feira, fevereiro 13, 2019

Novos parâmetros hematológicos: IPF e IRF


Novos parâmetros hematológicos: IPF e IRF

Novos parâmetros hematológicos são usados na avaliação de, entre outras patologias, os síndromes mieloproliferativos ( SMP ).
Estes parâmetros, IPF e IRF, apresentam-se elevados em doentes com policitémia vera ( PV ) e mielofibrose idiopática ( MI ). Observou-se que em doentes com IPF aumentado se verificava existência de trombocitopenia, os doentes são particularmente do sexo masculino e o diagnóstico que mais se correlaciona é o de PV. Entre os doentes com MI verificou-se correlação com aumento de blastos no sangue periférico, trombocitopenia e JAK2V617F positivo assim como terapêutica prévia .
Alto valor de IRF associa-se em doentes com PV ou TE, com baixa hemoglobina, reticulocitose e diagnóstico de PV; nos doentes com MI observa-se que um alto IRF se associa a blastos no sangue periférico e reticulocitose



O IRF é de importância limitada em anemias secundárias a hemólise, hemorragias ou mielossupressão pois nestas condições IRF e contagem reticulocitária evoluem de forma paralela; IRF tem no entanto importância em casos de anemia secundária a infecções agudas ou SMD, nas quais contagem reticulocitária é reduzida ou normal enquanto que IRF está aumentado.
Em doenças hematológicas clonais de stem cells, IRF e IPF têm importância. Aumento de IPF associa-se à presença da mutação JAK2V617F em doentes com PV e TE







Nota: um alto valor de IRF com hemoglobina elevada aponta mais para PV do que para policitémia secundária

Estudos divergem entre a existência de um alto IPF e presença de mutação JAK2V617F, sendo que uns apontam para essa associação enquanto outros afastam essa conclusão.

Em particular, IRF pode suportar o diagnóstico de PV em doentes com aumento de hemoglobina e IPF pode ter um papel prognóstico independente em doentes com MI.

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