JAK2V617F
como determinante de IPF na trombocitose essencial e na policitémia
vera
Observou-se que as
plaquetas imaturas são hemostaticamente mais activas do que as
plaquetas maturas, tanto na trombocitose essencial como na
policitémia vera.
Foi também
verificado que a mutação JAK2V617F tem uma correlação positiva
com a quantidade de IPF, o que pode contribuir para o fenótipo
protrombótico que se verifica nestes doentes.
As plaquetas
circulantes apresentam sempre uma certa anisocitose, tanto em tamanho
como estrutura. Das plaquetas circulantes, aproximadamente 2% são
plaquetas imaturas ( IPF ), também chamadas de plaquetas
reticuladas, que são plaquetas recentemente libertadas da medula
óssea. Estas plaquetas mais novas, apresentam uma superior
actividade hemostática, comparativamente com plaquetas mais velhas,
e assim mais maturas, com resposta à trombina aumentada e expressão
de P-selectina maior.
Na policitémia
vera, observa-se, a presença de trombocitose, aumento de IPF,
hematócrito aumentado, leucocitose, aumento da percentagem de IPF e
de H-IPF ( plaquetas jovens com mais alta quantidade de m-RNA e assim
mais alta intensidade de fluorescência ) comparativamente com
indivíduos saudáveis assim como nos doentes com trombocitose
essencial.
Doentes JAK2V617F
positivos apresentam contagens plaquetárias e contagens de IPF
significativamente mais elevadas, bem como a percentagem de IPF e de
H-IPF, comparativamente com os indivíduos saudáveis, enquanto que
JAK2V617F negativos apresentavam contagem plaquetária e de IPF
superior às dos indivíduos controlo saudáveis.
#
plaquetas # IPF % plaquetas % IPF
JAK2V617F positivo ↑ ↑ ↑ ↑
JAK2V617F negativo ↑ ↑ - -
Mensuração de IPF
é considerada de utilidade na valorização da resposta terapêutica
e risco trombótico em pacientes com trombocitose, seja primária ou
secundária, sendo que um aumento de IPF se associa a um risco mais
elevado. Aumento de percentagem de IPF e H-IPF associa-se com uma
aumentada agregação plaquetária em doentes com alto risco de
doença arterial coronária.
Verificou-se que
doentes que receberam transplante renal, que se encontram em alto
risco de mortalidade cardiovascular, apresentam percentagens mais
elevadas de IPF e H-IPF, associadas a uma agregação plaquetária
mais elevada.
Os
doentes com síndrome mieloproliferativo, nomeadamente policitémia
vera ou trombocitose essencial, apresentam um turn over plaquetário
aumentado e, por este motivo, apresentam um IPF superior
comparativamente com indivíduos controlo saudáveis.
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