quinta-feira, julho 04, 2013

Omega 3

Omega 3




Omega 3 tem capacidade de protecção contra a doença cardiovascular através de vários mecanismos, incluindo redução da inflamação, diminuição do risco de coagulopatia, diminuição do nível de triglicerídeos e diminuição do risco de arritmias cardíacas, nomeadamente fibrilação auricular.



Recentes estudos, no entanto, não conseguiram comprovar estes benefícios clássicos do omega 3, em estudos feitos utilizando-se omega 3 contra placebo. De referir, no entanto, e em favor da acção benéfica do omega 3, que os doentes destes estudos estavam submetidos a múltipla terapêutica cardiovascular, e estes medicamentos podem ter efeito de diminuição da acção dos omega 3.
Muitas sociedades científicas nacionais, como a American Heart Association e outras, sugerem o uso de omega 3 baseadas em estudos que provaram a sua acção positiva. Esta acção benéfica pode, no entanto, ser devida a que o consumo de peixe ( onde se encontra o omega 3 ) substitui o consumo de outros alimentos que podem, estes sim, ser prejudiciais, nomeadamente carnes vermelhas e alimentos supersaturados em gorduras.
Doentes com altos níveis de triglicerídeos são, unanimemente, considerados como beneficiados pela ingestão de omega 3.



O consumo do omega 3 diminui, segundo um estudo dinamarquês, o risco de fibrilação auricular, mas este estudo sugere que a relação entre consumo de omega 3 e risco de fibrilação auricular segue uma curva em U, sendo aquele risco de fibrilação auricular, significativamente, reduzido no centro da curva mas, em níveis mais altos ou mais baixos, estes riscos aumentam.
A dose média de omega 3 ingerida, diariamente, neste estudo era de 0.63g/Kg, correspondendo sensivelmente a 300 g de salmão por semana, ou 2 refeições em que o salmão é servido, e foi reportado ser esta a dose ingerida a que corresponde a um risco mais baixo de fibrilação auricular.



http://www.youtube.com/watch?v=UnZadq2kB0g


Outras acções do omega-3 são devidas às suas capacidades anti-oxidantes na remoção de radicais livres. Também a substituição de omega-6, mais inflamatórios, por omega-3 nos lípidos das membranas vai originar que derivados do ácido araquidónico tenham menor potencial inflamatório do que teriam se os omega-6 fossem os constituintes da membrana.

Suplementação com omega 3 modifica a composição das células periféricas do sangue e provoca diminuição da síntese de PgE2 e γ-interferão. A resposta plaquetária e o TxA2 desempenham função fundamental nas complicações da doença de Crohn, nomeadamente enfartes gastro-intestinais múltiplos e estes são diminuídos pela acção de omega 3.

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