domingo, junho 30, 2013

Vitamina D e risco de mortalidade cardiovascular e não cardivascular

Vitamina D e risco de mortalidade cardiovascular e não cardivascular


Estudos realizados apontam para concentrações plasmáticas mais elevadas de 25-(OH)-vitamina D são inversa, e quase linearmente, associadas com mortalidade de causa vascular ou não vascular, no intervalo de 16-36 μg/ml. Uma duplicação da concentração resultou numa diminuição da mortalidade de 20%, em causas vasculares, e 23%, em causas não vasculares.
Estudos prospectivos demonstraram que concentrações de 25-(OH)-vitamina D mais baixas se correlacionam com riscos mais altos de doença cardiovascular.

Suplementação diária de vitamina D com 400-800 IU pode não ser suficiente para o ano inteiro, e particularmente no Inverno. Níveis inferiores aos pretendidos da concentração de vitamina D são altamente prevalentes no hemisfério Norte, e praticamente em todo o mundo.

A concentração plasmática de 25-(OH)-vitamina D varia substancialmente ao longo do ano. Homens com concentração de 25-(OH)-vitamina D mais alta, eram menos propensos a terem uma história de doença cardiovascular, cancro ou diabetes, assim como menos provável serem-lhes diagnosticado hipertensão, do que homens com baixas concentrações de 25-(OH)-vitamina D.
Homens com concentrações de 25-(OH)-vitamina D mais elevada também tinham um IMC mais baixo do que os que tinham 25-(OH)-vitamina D mais baixa. Em contraste, homens com níveis séricos de 25-(OH)-vitamina D mais elevados, apresentavam mais altas concentrações de LDL, HDL, Apo A1 e albumina séricas, e mais baixas concentrações de PCR e fibrinogéneo, do que os que tinham concentração de 25-(OH)-vitamina D mais baixas.
Concentrações mais elevadas de 25-(OH)-vitamina D, mostraram uma relação inversa, quase linear, no que respeita ao risco de morte de causa vascular e, pelo menos no intervalo 16 μg/ml – 40 μg/ml, no risco de mortalidade não vascular.
Para cada grupo etário, foi encontrado que, uma duplicação da concentração de 25-(OH)-vitamina D plasmática se associa com um abaixamento de cerca de 34% de risco de mortalidade cardiovascular e cerca de 36% do risco de mortalidade não cardiovascular.

Os mecanismos da vitamina D na doença cardiovascular, podem ser mediados por mecanismos independentes de factores de risco cardiovasculares conhecidos. Rigidez vascular aumentada ou calcificações vasculares podem ser uns desses mecanismos, dado o papel  que  a  vitamina  D  joga  no  metabolismo  do  cálcio.  Além  disto,  como  os  receptores  da  vitamina  D  ( VDR ) se encontram em muitas células diferentes, de tecidos diferentes, a vitamina D pode influenciar diversas causas de morte por algum mecanismo fundamental, não ainda completamente entendido. Por exemplo, a vitamina D acredita-se modular a resposta imunológica, que pode influenciar a morte cardiovascular ou não cardiovascular, como o cancro ou infecções.

A concentração óptima de 25-(OH)-vitamina D parece ser de 32-36 μg/ml, embora uma recente meta-análise reporte um aumento do risco de mortalidade com concentrações superiores a 35 μg/ml, dados estes ainda necessitando de serem confirmados. 

Sem comentários:

Enviar um comentário