Ferritina
plasmática
Uma
muito pequena quantidade de ferritina ( cerca de 20% do total da ferritina do organismo ) aparece no plasma, a chamada
ferritina plasmática, e sua concentração reflete muito fielmente o
estado das reservas marciais. A ferritina total, constituída pela
soma da ferritina plasmática e da ferritina tissular, é pelo facto,
daquela relação se verificar, muito bem correlacionada com o ferro
medular.
O
doseamento da ferritina plasmática assegura, desta forma, uma
apreciação das reservas marciais mais quantitativa e menos invasiva
do que a biópsia óssea.
A
ferritina circulante ou plasmática é composta, predominantemente,
por cadeias L e contém pouco ferro ( cerca de 10 vezes menos que a
ferritina tissular ).
As
ferritinas plasmáticas caracterizam-se por suas origens e
estruturas:
- ferritina não glicosilada: provém duma passagem passiva do citoplasma para o meio sanguíneo, extracelular, durante a renovação das células parenquimatosas; a ferritina não glicosilada constitui cerca de 30% da ferritinemia total e apresenta uma semi-vida de 5 horas
- ferritina glicosilada: secretada pelo sistema reticulo-endotelial, local principal de armazenamento das reservas marciais; tem uma semi-vida de 3 dias e representa 50-80% da ferritinemia total, com uma média de 70%
Contrariamente
ao ferro, que apresenta um ritmo circadiano com um pico entre as 7 e
as 10 da manhã, a ferritina plasmática não apresenta um ritmo
circadiano.
O
treinamento físico induz carência de ferritinemia, e é utilizado
por alguns especialistas como marcador biológico de
sobretreinamento.
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