sábado, novembro 23, 2013

HLA e aspirina no cancro do cólon

HLA determina a resposta da aspirina no cancro do cólon

Foi demonstrado que a aspirina tem acção positiva no prognóstico dos cancros, em doentes com HLA tipo I e, nomeadamente, no tempo de sobrevida destes pacientes. Desta forma, o HLA tipo I é um biomarcador de previsão sobre o benefício do uso de aspirina nos doentes com cancro do cólon.
O uso da aspirina foi associado com um baixo risco para cancro do cólon, especialmente nos casos hereditários, e formação de pólipos. Este efeito benéfico da aspirina relaciona-se com a inibição de COX 2. Cerca de 70% dos cancros do cólon, expressam COX 2, que se relaciona com a tumorigénese, pelo que a sua inibição pela aspirina pode levar ao efeito benéfico atrás mencionado.


http://youtu.be/47GP4L_c6Tk

Investigações demonstraram que as plaquetas estão envolvidas na metastização, via sanguínea, do cancro. O facto da aspirina inibir as plaquetas pode também explicar o efeito protector da aspirina.
As plaquetas protegem as células tumorais da eliminação pelo sistema imunitário, servindo-lhes de escudo contra este sistema. A aspirina pode ter acção de desmascarar estas células tumorais protegidas pelas plaquetas, atacando a formação plaquetária, e assim as células do sistema imunitário detectam as células tumorais e eliminam-nas.

De salientar que o efeito benéfico da aspirina, usada em doses baixas, apenas se verifica em doentes HLA tipo I.


Nota: ver também "Aspirina e risco de cancro colo-rectal" onde se aborda a intervenção de 15-PGDH

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