sábado, novembro 23, 2013

Probióticos e sintomatologia gastrointestinal baixa

Probióticos no manuseamento de sintomatologia gastrointestinal baixa


A microbiota intestinal joga um papel importante na sintomatologia gastrointestinal.
Probióticos específicos que ajudam a reduzir a sintomatologia abdominal ( dor, queimor ), são também úteis adjuvantes na terapêutica antibiótica, prevenindo a diarreia secundária a antibioticoterapia e aumentam a segurança em doentes fazendo terapêutica primária. Probióticos também são úteis em doentes com síndrome do cólon irritável, que apresentam diarreia e reduzem o meteorismo e distenção abdominal, melhorando a frequência dos movimentos intestinais e consistência fecal nestes doentes, levando a uma melhoria da qualidade de vida.
Probióticos são microorganismos vivos que quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefício à saúde do hospedeiro.
Os efeitos dos probióticos variam com a idade e estado de saúde do paciente.
Importante salientar que a microbiota intestinal difere das crianças comparativamente com os adultos.
Probióticos aliviam a sintomatologia apresentada pelos doentes com síndrome do cólon irritável, seja na variante de obstipação ou na de diarreia.
A dor abdominal, que se manifesta no síndrome do cólon irritável, é reduzida pela acção dos probióticos. Também o meteorismo e distensão abdominal são, significativamente, reduzidos pela acção dos probióticos.
A flatulência não mostrou apresentar melhoria pelo uso de probióticos. Pelo contrário, a obstipação diminui aquando do uso dos probióticos. A frequência dos movimentos intestinais e consistência destes movimentos, apresentou significativa melhoria em doentes com síndrome de cólon irritável a quem foi administrado probióticos. A diarreia não mostrou melhorias pela utilização dos probióticos nestes doentes; já em doentes que apresentam diarreia associada a antibioticoterapia, os probióticos demonstraram ser úteis como terapêutica adjuvante na prevenção ou redução da duração da diarreia. Também na diarreia secundária à terapêutica contra H. pylori, os probióticos mostraram ser úteis na prevenção, duração e redução da intensidade da diarreia associada.
Devido à melhoria sintomatológica que ocorre, pelo uso dos probióticos, conclui-se que a qualidade de vida destes doentes com síndrome do cólon irritável sofre considerável melhoria.

Os probióticos não demonstraram, até hoje, significativos efeitos laterais. Sintomatologia como náuseas moderadas e exantema severo, embora muito raramente suceda, pode obrigar a descontinuação da administração dos probióticos. Efeitos laterais frequentes são fadiga, prurido e diarreia, embora em estudos comparados com placebo não se tenha verificado diferença significativa na ocorrência entre o grupo do placebo e o grupo dos probióticos.
Os probióticos devem ser seleccionados baseando-se na sintomatologia do doente, indicações clínicas e evidência de disponibilidade. Não há probiótico que alivie todo o tipo de sintomatologia.

O consumo regular de probióticos é importante porque a sua permanência no cólon é transitória e desaparecem em poucos dias embora haja diferença do tempo de colonização entre as diferentes estirpes.

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