Probióticos
no manuseamento de sintomatologia gastrointestinal baixa
A
microbiota intestinal joga um papel importante na sintomatologia
gastrointestinal.
Probióticos
específicos que ajudam a reduzir a sintomatologia abdominal ( dor,
queimor ), são também úteis adjuvantes na terapêutica antibiótica, prevenindo a diarreia secundária a antibioticoterapia e aumentam a
segurança em doentes fazendo terapêutica primária. Probióticos
também são úteis em doentes com síndrome do cólon irritável, que
apresentam diarreia e reduzem o meteorismo e distenção abdominal,
melhorando a frequência dos movimentos intestinais e consistência
fecal nestes doentes, levando a uma melhoria da qualidade de vida.
Probióticos
são microorganismos vivos que quando administrados em quantidades
adequadas, conferem benefício à saúde do hospedeiro.
Os
efeitos dos probióticos variam com a idade e estado de saúde do
paciente.
Importante
salientar que a microbiota intestinal difere das crianças
comparativamente com os adultos.
Probióticos
aliviam a sintomatologia apresentada pelos doentes com síndrome do
cólon irritável, seja na variante de obstipação ou na de
diarreia.
A
dor abdominal, que se manifesta no síndrome do cólon irritável, é
reduzida pela acção dos probióticos. Também o meteorismo e
distensão abdominal são, significativamente, reduzidos pela acção
dos probióticos.
A
flatulência não mostrou apresentar melhoria pelo uso de
probióticos. Pelo contrário, a obstipação diminui aquando do uso
dos probióticos. A frequência dos movimentos intestinais e
consistência destes movimentos, apresentou significativa melhoria
em doentes com síndrome de cólon irritável a quem foi administrado
probióticos. A diarreia não mostrou melhorias pela utilização dos
probióticos nestes doentes; já em doentes que apresentam diarreia
associada a antibioticoterapia, os probióticos demonstraram ser
úteis como terapêutica adjuvante na prevenção ou redução da
duração da diarreia. Também na diarreia secundária à terapêutica
contra H. pylori, os
probióticos mostraram ser úteis na prevenção, duração e redução
da intensidade da diarreia associada.
Devido
à melhoria sintomatológica que ocorre, pelo uso dos probióticos,
conclui-se que a qualidade de vida destes doentes com síndrome do
cólon irritável sofre considerável melhoria.
Os
probióticos não demonstraram, até hoje, significativos efeitos
laterais. Sintomatologia como náuseas moderadas e exantema severo,
embora muito raramente suceda, pode obrigar a descontinuação da
administração dos probióticos. Efeitos laterais frequentes são
fadiga, prurido e diarreia, embora em estudos comparados com placebo
não se tenha verificado diferença significativa na ocorrência
entre o grupo do placebo e o grupo dos probióticos.
Os
probióticos devem ser seleccionados baseando-se na sintomatologia do
doente, indicações clínicas e evidência de disponibilidade. Não
há probiótico que alivie todo o tipo de sintomatologia.
O
consumo regular de probióticos é importante porque a sua
permanência no cólon é transitória e desaparecem em poucos dias
embora haja diferença do tempo de colonização entre as diferentes
estirpes.
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