Bupropiona
As imunoaminas dopamina e noradrenalina têm a sua recaptação inibida pelo antidepressivo bupropiona. Esta droga é usada principalmente no tratamento da depressão e no combate à dependência da nicotina.
Nas situações de utilização de antidepressivos do tipo IMAO irreversível, a bupropiona está totalmente contra-indicada pelo perigo de poder desencadear uma crise hipertensiva. A bupropiona encontra-se também contra-indicada em doentes epilépticos por poder desencadear uma crise convulsiva em doses altas. Outra contra-indicação ao uso da bupropiona é um enfarte de miocárdio recente.
A bupropiona é de administração oral e excreção pela urina. A metabolização da bupropiona é feita no fígado ligando-se às proteínas em 84% da sua concentração e apresentando uma semi-vida de 21 horas.
A bupropiona pode causar, como efeitos laterais, insónia, ansiedade, tremor, hipertensão, irritabilidade, inquietude, agitação, catatonia, ansiedade, alucinações, delírio, emagrecimento, ondas de calor, hipersudação, sensação de calor no corpo, náuseas, boca seca, amnésia e dificuldade de encontrar a palavra certa. Outros efeitos laterais da bupropiona são a rara característica de causar hipotensão postural, sonolência diurna, aumento de peso e efeitos anticolinérgicos.
A retirada da bupropiona não causa síndrome de abstinência.
A absorpção da bupropiona por via oral apresenta uma boa absorpção e verifica-se um pico plasmático às 2 horas após a tomada da droga.
Os níveis séricos de αTNF, γ-interferão e IL-1β são fortemente diminuídos pela acção da bupropiona.
Na doença de Crohn, a patologia é mediada por citoquinas pro-inflamatórias como a α-TNF
ou a γ-interferão ( JAK 1 e JAK 2 estão implicados na sinalização emanada pelo γ-interferão ) . Paralelamente à diminuição dos níveis de αTNF, γ-interferão e IL-1β, a bupropiona aumenta a concentração da IL-10. A bupropiona é bem tolerada e possui
efeitos laterais muito menos acentuados que a prednisolona,
azotioprim, infliximab ou metrotexato.
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